Here I'm again...
Depois de 4 meses fora desse fórum, buscando uma "vida nova" na virada do ano, aqui estou novamente.
Às vezes eu me forço com uma "positividade tóxica" de querer mudar a minha vida, simplesmente ajustando os meus pensamentos, mas sem agir de maneira concreta.
Os pensamentos suicidas vem me circundando novamente. É uma sensação terrível; uma queimação no peito, uma visão catastrófica do futuro e principalmente uma autopercepção totalmente deturpada pela dor.
Tenho adotado uma postura passiva em relação a tudo na minha vida, para evitar maiores estresses. Mas cada vez que ajo passivamente às circunstâncias da vida me sinto ainda pior.
Comecei recentemente a suplementação de vitamina B12, e tive resultados até que satisfatórios. Porém, hoje veio aquele turbilhão de pensamentos que me derrubaram novamente.
Enfim, cá estou eu aqui novamente.
E eu tenho minhas críticas à psicologia. Pelo menos os psicofármacos possuem padrões objetivos de funcionamento, agem como um agente externo nos mecanismos biológicos da pessoa. A psicologia é totalmente subjetiva, você por você mesmo. Pessoalmente, acho igual a uma religião. Na última sessão, minha psicanalista perguntou se eu havia entendido que haveriam garantias de que meu problema melhorasse, pois ela explicou que isso não existe. Em toda sessão, horas depois volto a pensar em suicídio. Está servindo só como sessão de desabafo mesmo, eu mesmo não espero mais efetividade nenhuma. Só não conto isso para ela pois, como ela é da assis. estudantil, pode comunicar a alguém lá dentro. Não é muito diferente da anterior, que seguia a linha da fenomenologia.
E o pessoal acha normal quando vê notícia de ctb de psicólogo, depressão e ansiedade em psicólogo. Em médico é mais aceitavel porque tanto a doença quanto o tratamento são objetivos/materiais. Porque o psicólogo não aplica em si mesmo seu tratamento subjetivo? Não é tão fácil?
Eu acho que em alguns casos, psicoterapia é como dar chá de camomila a quem está tendo surto psicótico.
Para mim, as sessões de psicoterapia sempre serviram mais para desabafar do que para buscar soluções para os meus problemas. Era melhor do que falar com os meus familiares, pois externalizar as minhas ideações suicidas a eles certamente geraria uma preocupação demasiada. Minha psicóloga sempre se limitava a dizer platitudes, como "você tem que praticar exercícios físicos" ou "se cobre menos".
Pessoalmente, oque mais me ajudou nas minhas crises foram os antidepressivos, que me ajudaram principalmente com os sintomas físicos. Ainda estava com o coração destruído, mas pelo menos eu conseguia levantar da cama para ir trabalhar.
Mas conheço pessoas que tiveram ótimas experiências com sessões de terapia. Que tal procurar um novo profissional ou uma nova abordagem? (pelo que entendi você faz sessões de psicanálise).
Se quiser conversar comigo pessoalmente, não hesite em me mandar uma mensagem aqui pelo fórum. Fique bem!