Olá. Penso em suicídio há 8 anos. Na época, eu queria que acontecesse justamente porque estava numa fase boa, e eu queria encerrar enquanto tava bom. Nunca tive grandes ambições e sentia que tinha zerado a vida (tinha um empreguinho razoável, um mestrado, bons amigos e um bom relacionamento), e parecia o momento de desligar o videogame. Meu namorado me convenceu a desistir do plano porque eu poderia fazer mais pelos outros. E pelos anos seguintes a vida continuou morna e tranquila.
Em 2020, com quase 30 anos, eu me apaixonei pela primeira vez -- meu primeiro e único namoro até então tinha sido construído de forma peculiar, em que não havia paixão, apenas amizade. Dali pra cá, esse sentimento intenso me fez sofrer muito, quase todos os meus amigos se mudaram, fui convocada para um concurso e em seguida desconvocada assim que deixei meu emprego. Como estava aprovada no concurso (que nem é grande coisa), não consegui outro emprego. Até hoje não fui chamada e o edital vence apenas em 2027. Fui diagnosticada com autismo, o que provavelmente contribuiu para eu não conseguir reagir ao pesadelo que meu ex fez da minha vida durante um ano inteiro.
Eu me arrependo muito de não ter prosseguido com o CTB anos atrás, que me evitaria todo esse período de sofrimento.
Enfim, a verdadeira questão que eu queria colocar é sobre seguro de vida. Queria deixar algo para a minha família e sei que suicídio só dá direito ao prêmio depois de dois anos de contrato. Minhas apólices têm apenas um ano, mas eu não aguento mais. Existe alguma forma de CTB que pareça acidental?