Sou de SP
Vou relatar um pouco sobre minha história.
Nasci e cresci em uma família que sempre esteve batalhando pra viver.
Diferente de muitas pessoas aqui, eu sou grato pela minha família e sempre me ajudaram e sempre me senti amado.
Não diferente da minha família, tudo que eu conquistei tive que lutar muito, mas mesmo assim consegui vencer em vários momentos.
Quando tinha 19 anos, estudava, trabalhava e tinha um vida social normal com muitos amigos. Não tinha "dificuldades" para ter encontros com mulheres.
Porém, fui acometido por um sentimento de vazio que só aumentava. Me perguntava se a vida era "só isso". Não conseguia estabelecer uma conexão com ninguém.
Foi quando conheci uma garota da minha idade que mudou tudo.
Desde quando a conheci, tinha um sentimento de forte conexão com ela. Tinha prazer só de conversar e estar com ela. E assim se seguiu.
Namoramos, casamos, tivemos filhos, conquistas e frustrações, sempre juntos.
Eis que chega 2020, a pandemia e tomamos todos os cuidados possíveis.
Faltando pouco para ela e eu tomarmos a vacina, ela testou positivo.
Em menos de uma semana, ela foi internada na UTI, evoluindo para intubação.
Depois de 41 dias não resistiu e veio a óbito.
O sentimento de vazio voltou. E muito forte.
Tenho feito acompanhamento médico e tentado de tudo, mas os dias só passam e a dor, tristeza e vazio só aumentam.
Ela era uma mulher incrível! Amei e amo ela demais.
Minha vida é "boa".
Tenho bom emprego, um ótimo salário para os padrões do nosso país, vida financeira estabilizada, casa, carro, patrimônio e saúde.
Mesmo assim, tenho pensado em morrer todos os dias.
As vezes sinto inveja das pessoas que morrem subitamente. Acho injusto, tantos querendo viver e eu quero morrer subitamente.
Pesquisando, encontrei este fórum e o método de SN.
Depois encontrei esta thread.
Comprei o SN e fui tomado por uma sensação boa quando comprei e quando o produto chegou.
Entretanto, penso nos meus filhos, que são adolescentes, nos damos muito bem e quero o bem deles.
Eles precisam de mim e sofro ao pensar que vou deixá-los orfãos. Eles não ficarão sozinhos, pois minha família é muito boa. Assim como eu "venci na vida" com a minha família, sempre ensinamos eles a vencer e eles poderão contar com o apoio de quem me fez "vencer".
Ao imaginar eles sem pai e mãe, o desespero me sinto péssimo.
Por isso o SN está bem guardado para um momento que eu não suportar mais, e decidir pegar o meu ônibus.
Neste momento, não tenho vontade de viver, mas não quero deixar meus filhos sozinhos.
No meio disso, desse vazio e tristeza, uma montanha russa de emoções, não estou vivendo. Apenas existindo.