Bom dia a todos. Tenho 22 anos de idade, sou do Nordeste e sou estudante universitário. Descobri este fórum por meio de algumas notícias e por uma enciclopédia virtual muito famosa. Tenho receio até por causa do Art. 122 do CP, mas eu não estou incentivando, induzindo ou auxiliando ninguém, muito pelo contrário, eu só quero desabafar e encontrar uma solução PARA MIM.
Sofro de depressão, ansiedade e compulsões por compras (o problema é que nunca tive muito dinheiro, sou pobretão), por s3x0 (não por fazer, mas por pensar e nortear quase tudo da minha vida com base nisso, tive risco imenso de contrair ISTs por alguns comportamentos impulsivos e sofro com a praga do exibicionismo virtual) e por comida (23kg acima do peso ideal). Sofro muito com paixões platônicas (sou homossexual "não assumido" e geralmente me atraio por homens héteros), problemas com a aparência, com a ausência paterna, com vários traumas por ter nascido e crescido em uma situação familiar peculiar (pobreza, interior do NE, mãe solteira e uma relação bem difícil com essa, embora eu a ame, e um irmão com transtorno mental grave). Tudo isso me fez adoecer e muito, e há muitos anos eu já venho pensando no ctb como uma saída. Aos 13, 14 anos, eu só queria fugir de casa, mas quando vi que no máximo ou viraria um mendigo, ou levaria uma grande surra se fosse encontrado, o autoextermínio nasceu como uma ideia irresistível.
Até os 19 anos, eu pensava em ctb, mas morava em casa, não tinha acesso a nenhum método, não tinha nenhuma renda, era difícil. Mas eu já queria morrer, de qualquer forma. Aos 20, cheguei a comprar 100 comprimidos de Aspirina, eu ia de farmácia em farmácia comprando de cartela em cartela, mas na hora H não tive coragem de tomar e joguei tudo no lixo do meu primeiro trabalho (na época, eu mudei de cidade, passei a trabalhar num lugar muito ruim e a morar de favor com parentes). Em 2022, eu nunca tentei, mas pesquisava e chegava a tentar planejar alguns métodos.
Foi em 2023 que tudo se intensificou. Passei a fazer psicoterapia e acompanhamento psiquiátrico, tomei por um tempo Sertralina e Lítio (agora tomo Bupropriona e, em casos emergenciais, Clonazepam). Nesse meio termo, procurei ajuda espiritual em centro espírita, até numa seita chamada Vale do Amanhecer. O problema é que nunca senti efeito nenhum dessas coisas, nem remédio, nem terapia, nem tratamento sobrenatural, melhora nenhuma, no máximo aquela falsa esperança que dura de 3 a 7 dias e desmorona de uma vez quando você percebe que tudo isso não passa de paliativos e que sua vida nunca terá jeito.
Fui perdendo as amarras que me prendiam: o sofrimento da minha mãe e a questão do que viria após a morte. Infelizmente, não escolhi vir ao mundo, acredito que não fui planejado e que, por mais que tenha sido difícil para ela, ela teve 19 anos para mudar de atitude para comigo e perceber que eu também era um ser humano, com meus sentimentos que precisavam ser respeitados. Essa etapa de crescimento foi fundamental e sofreu danos irreparáveis que carrego comigo até hoje. Religião eu simplesmente fui deixando de lado, a maioria dos credos te culpam pela situação em que você está, o espiritismo em si me fez ficar mais inquieto e revoltado em vez de "calmo".
Faço um curso de "elite", mas não tenho paciência nenhuma para os jogos de aparência e bajulação que são necessários para o sucesso na área. Sou pobre, não sou branco, não tenho sobrenome, não tenho modos. Minha saída seriam os concursos, mas não tenho uma cabeça "leve" para estudar e passar nos certames. Às vezes, até quem tem toda a estrutura sofre e adoece nesses processos, são provas difíceis, anos de preparação, eu já me senti tão humilhado e exausto na vida que também não me entra na cabeça. Dá um desgosto ir à faculdade e, algumas vezes, até mesmo no estágio, a competição é desleal, e a faculdade tenta relevar essa realidade por meio de atendimentos psicológicos que são, no máximo, paliativos, campanhas de "setembro amarelo" e outras coisas afins.
Enfim, em 2023, em março, tomei 32 comprimidos de sertralina. Sabia que não ia acontecer nada, mas só queria a sensação de ter tentado algo. Só vomitei e passei três dias com tremores e sensibilidade à luz. Ao longo dos meses seguintes, tentei me asfixiar com um cadarço e com um saco plástico, mas nos primeiros sintomas de falta de ar, eu desistia. Tentei até montar um cadafalso com uma estante para me enforcar, mas tinha medo do fio arrebentar, ou da altura não ser suficiente e tudo dar errado. Fantasiei em subir nesses prédios em construção na minha cidade, bem altos, e me jogar, mas os relatos de pessoas que caíram de alturas enormes e sobreviveram me desencorajaram, sem falar que a perda de consciência não é instantânea às vezes como dizem. Também pensei em ir ao mar de madrugada, numa praia mais afastada, entrar lá e me afogar, mas a questão da duração do afogamento em água salgada (15 minutos) me fez perder a coragem. No rio, nem pensar, engolir por 5 minutos água cheia de esgoto é terrível de pensar.
Vi uma notícia de pacientes que haviam falecido por ingerirem lidocaína em gel durante atendimentos odontológicos na Bahia há muitos anos atrás. Tinha um tubo em casa e tentei. Não senti absolutamente nada.
Decidi que vai ser neste ano, de alguma forma. Pesquisei por hipernatremia, hiponatremia e hipercalemia. Li artigos científicos. Na hiponatremia, eu teria de beber uma quantidade X de água em um espaço curtíssimo de tempo e ainda passar algumas horas sem socorro algum. Só consegui beber uns 40% porque vomitei e urinei o restante. Na hipernatremia, teria que beber água muito salgada (concentração X de cloreto de sódio em água), mas é impossível beber uma água com muito sal sem vomitar, tenho que ser realista. Na hipercalemia, eu teria que consumir uma quantidade X de cloreto de potássio. São dois problemas: o cloreto de potássio de liberação prolongada (Slow-K) exigiria um número cavalar de comprimidos para uma chance de provocar a hipercalemia e o cloreto de potássio vendido como sal tem o mesmo inconveniente do sal de cozinha: extremamente salgado e amargo de se consumir de uma vez, o vômito seria inevitável. Pensei também em superdosagem de prometazina (Fenergan), mas a literatura médica não estabeleceu ainda uma dose letal mediana, embora haja relatos de morte devido ao excesso da substância.
Percebam que estou desesperadamente tentando sair de tudo isto.
Ao achar este fórum, descobri o método com SN, que parece bem promissor. Também descobri o "detergent suicide", o problema é que não se acha as quantidades precisas de ácido clorídrico e calda suforácica. Pretendo adquirir SN neste mês, quando tiver dinheiro, ir a um hotel ou pousada e desembarcar de vez desta vida. Alguns relatos de sobrevivência me preocupam, mas parece ser o método com melhores chances. Li alguns artigos científicos de casos de ctb inclusive no Brasil com a substância e por isso vou dar uma chance a esse método. Eu só quero deixar de existir, o resto é conformismo vagabundo e prolongação de um sofrimento da alma.